quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Sobre a Distanásia


Distanásia, segundo o Dicionário de Bioética, é traduzido como morte difícil ou penosa, usada para indicar o prolongamento do processo de morte através de tratamento que apenas prolonga a vida biológica do paciente, ou seja, preocupa-se mais em manter a vida mesmo não havendo qualidade de vida e também dignidade nenhuma nesse processo de morte marcado pelo sofrimento.
A distanásia, também denominada Obstinação Terapêutica, apesar de ser um termo pouco conhecido é bastante recorrente na prática dos profissionais de saúde. Por exemplo, podem ser citados os inúmeros casos de indivíduos em estado vegetativo que ocupam os leitos de UTI os quais seriam mais úteis para indivíduos em situações melhores, principalmente porque em muitos daqueles indivíduos, na manutenção de sua vida, pode existir sofrimento seja para ele ou para sua família.
Contudo, não somente indivíduos em estado vegetativo podem ser alvos de distanásia. De fato, mesmo indivíduos conscientes de sua própria condição, por escolha sua ou por escolha de médicos ou outros profissionais, se sujeitam a tratamentos que não são de grande utilidade, apenas prolongando a vida sem lhe dar muitas expectativas ou qualidade de vida.
Então, o que é correto? Lutar pela vida do indivíduo a qualquer custo ou permitir que ele morra, mas dignamente? Novamente deve-se pensar bem, porque para o profissional de saúde não há somente seus valores e suas experiências. Muito pelo contrário, há as do paciente, e que ao se tratar de sua saúde e de sua vida é mais importante.
Portanto, ao profissional só resta o papel de orientar, usar o bom-senso e respeitar as escolhas do paciente.

Referências bibliográficas:

COSTA S.I.F., Distanásia: qual o significado?
MENEZES M.B. et al, Distanásia: Percepção dos profissionais da enfermagem

Por: Luiz Guilherme








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